segunda-feira, julho 31, 2006

Lista dos devedores de impostos

Segundo o Ministério das Finanças hoje seria divulgada a lista dos devedores, caloteiros, chico-espertos, etc. gajos que conseguem ludibriar o fisco. Concerteza não são trabalhadores por conta de outrem, senão não o conseguiam fazer de jeito nenhum. A lista devia ser publicada hoje com 3998 nomes, mas foi mesmo só publicado o comunicado, de que a lista ia ser publicada, da lista até à data nada. São individuais ou colectivos com dívidas superiores a 50.000 euros e 100.000 euros respectivamente . Tão a ver até 10.000 contitos qualquer particular pode ficar a dever...

Snobs




Estava de fim de semana e como adoro ler e já tinha acabado os jornais e revistas do dia, resolvi dar uma vista de olhos pelas estantes da minha casa da praia. Óbvio que já tinha lido tudo, os livros foram para lá exactamente com o fim de serem lidos. Mas no quarto que é da S. descobri lá uns livros que ela tinha deixado, julgo que no verão passado. Um deles despertou-me a atenção pelo título: Snobs. O livro é de Julian Fellowes e está escrito em inglês. Não gosto particularmente de ler nesta língua pois há imensas palavras que não conheço, mas mesmo assim comecei a ler. Afinal a leitura é fácil e o livro, uma sátira à actual classe média alta inglesa e à sua vontade de ascender à aristocracia, super divertido. Mas ainda não o acabei, o que farei apenas no próximo fim de semana. Fiquei com pena de não o ter trazido. É que sou muito curiosa e enquanto não descobrir como aquilo acaba… não descanso.

sexta-feira, julho 28, 2006

A Varanda da União













Ontem fui jantar no restaurante Varanda da União, num 7º andar da R. Castilho, n.º 14 C em Lisboa. Para além da comida ser óptima. Só tive pena de não levar a máquina fotográfica pois a vista sobre Lisboa, é das mais bonitas que tenho visto e ontem a luminosidade da cidade estava maravilhosa. Vê-se a Graça, o Castelo, a outra banda e a zona de S. Pedro de Alcantara e não é apenas uma vista de telhados, está bastante acima deles.

quinta-feira, julho 27, 2006

O presente atrasado



Chegou de Espanha o presente atrasado da Scarlet que só o poderá ver ao vivo nas férias do Natal, até lá só fotos... Um quadro do Mario Vela

quarta-feira, julho 26, 2006

Sushi















Hoje fui almoçar no Osaka, um restaurante japonês perto do Saldanha, aqui em Lisboa. Vou lá pelo menos 1 vez por semana, pois adoro suhi e sashimi. Confesso que a 1ª vez que comi há cerca de 20 anos, detestei e durante muito tempo não fui capaz de voltar a comer. Pudera foi no avião a caminho do Japão. Mas é como tudo, há o bom e o mau e eu tive a pouca sorte de experimentar na 1ª vez do horrível. Além do mais era sushi de avião!!! e eu via a japonesas a deliciarem-se enquanto comiam... Já nem sei como é que voltei a provar de novo, só sei que acho uma delícia. E o peixe crú só sabe mal se não for fresco e nos restaurantes japoneses tem de ser fresco, não sabe, nem cheira a peixaria.
Como estava sozinha destraí-me a ver os cozinheiros japoneses a cozinhar na chapa. Como eles são impecáveis, cozinhando com tudo arrumadinho e no final de cada confecção limpam impecávelmente a placa metálica. Um exemplo a seguir por muito boa gente que deixa a cozinha num caos. E não estou a referir ninguém em especial.

terça-feira, julho 25, 2006

Codex 632


Acabei de ler o “Codex 632” de José Rodrigues dos Santos (2005) e gostei imenso. Acho mais interessante que o “Código Da Vinci”.
O autor do “Codex 632” assume, desde o início, que se trata apenas de um romance. As semelhanças com a realidade são pura coincidência.

Tudo gira á volta da investigação, do detective do romance, Tomás de Noronha, sobre o descobridor da América com base em documentos realmente existentes. E quais são as suas convicções? Que o Cristóvão Colombo que chegou à América não foi o genovês de origem modesta, originalmente tecelão da seda, de quem se tem falado. Como poderia, aliás, com essas origens casar com a nobre portuguesa Dona Filipa de Moniz Perestrelo? Que o tecelão genovês Cristóforo Colombo e o Almirante dos Mares Cristóbal Colón foram, assim, duas pessoas bem diferentes. Que o Almirante Cristóvão Colom ou Colón (que nunca assinou Colombo), o genro de Bartolomeu Perestrelo, seria um judeu de nacionalidade portuguesa que teria estado envolvido na conspiração da alta nobreza contra o Príncipe Perfeito, em conluio com os Reis Católicos, que levaria às condenações dos Duques de Bragança e de Viseu. Depois, dado o seu envolvimento lateral na conspiração e a sua posição acima de suspeita, teria sido incumbido de se pôr ao serviço dos Reis Católicos como “agente secreto” do Rei de Portugal, com uma missão que permitiria a D. João II consolidar a concretização do plano da Índia.
O autor junta ingredientes conhecidos e reais com raciocínios imaginosos que nos prendem á narrativa, que acompanha a vida e o drama de um historiador obstinado.

No mundo dos factos e da história, o mistério sobre as origens do descobridor da América continua e continuará.

segunda-feira, julho 24, 2006

Buganvília


O meu amigo MDA fez anos no sábado. O que oferecer? depois de pensar um bocadinho lembrei-me de que ele adora jardinagem, mesmo sem ter jardim, mas tem varanda. Anda sempre numa labuta a tratar das suas plantas, com adubo e tudo. Aqui há tempos dei com ele a podar com uma faca, a sua buganvília de vaso, seca depois de uma ausênciaforçosa do seu dono. Até tive pena da buganvília, mas ela até gostou, pois floresceu e ficou toda linda e arrebitada.
Vai daí resolvi comprar-lhe uns instrumentos de jardinagem. Lembrei-me que aqui há tempos tinha visto uns kits na Area. Fui até lá em vão, já não tinham nada disso, devia ter sido no Natal que vira, possivelmente pois não ia ao Colombo há séculos. Aconselharam-me o AKI e lá fui eu. Comprei uma pázinha, uma coisa tipo garfo, umas luvas para o Manel não estragar as mãos e ... uma tesoura de poda!
Como é que ia fazer um embrulho com tantas peças soltas? achei a solução com um regador, onde meti tudo. Embrulhei o conjunto com um papel de padrão leopardo e uns fios de ráfia a modo que dum laço.

Resta dizer que todas as peças tinham o cabo encarnado(o MDA é do benfica) e para encontrar um regador vermelho tive de ir ao Ikea. Mas valeu a pena. Gostei de ver a cara dele quando abriu o presente. Tal e qual um miúdo perfeitamente satisfeito. Tenho a certeza que gostou.

Uma ideia que deixo aqui para quem tiver amigos amantes da jardinagem.

Uma saladinha desaconselhada a vegetarianos

















Depois de uma ausência forçada qui estou para novas postagens.
Reparem bem no interior desta embalagem de salada à venda em qualquer supermercado. Fresca e lavada!!!

Bolo salgado de bacon e coentros


Baseada numa receita da Rap’ó tacho e numas dicas que a Elvira me deu, do Elvira’s Bistrot, fiz o seguinte bolo salgado que ficou mesmo muito bom.
O que leva:

3 ovos; 150 g de farinha; 120 ml de leite; 1 dl de azeite; 100 g de cebola; 200 g de bacon; 100 g de coentros ou salsa picados; 1 colher chá de fermento em pó, sal e pimenta q.b.
como se faz:
Cortar as cebolas em rodelas finas e levar a alourar numa colher de sopa de azeite; juntar o bacon cortado em tirinhas e deixar alourar alguns minutos. Retirar do lume e aguardar.Numa tigela juntar a farinha e o fermento, abrir uma cavidade ao centro e deitar aí os ovos, o azeite restante e o leite e misturar tudo.Adicionar os coentros ou salsa e a mistura de cebola e bacon, mexendo com cuidado. Temperar com sal e pimenta.Deitar a massa numa forma untada e levar a cozer durante 45 minutos, em forno pré-aquecido a 180ºC. Verificar se o bolo está cozido espetando-lhe um palito no centro; quando sair seco, está pronto.
Desenformar e servir morno.

A receita original leva queijo ralado em vez dos coentros ou salsa, mas como o L. detesta queijo e a Elvira disse-me que podia substituir por salsa, eu como sou fanática de coentros, substitui por coentros, pois claro. Fiz numa forma redonda de bolo e ficou baixinho, será necessário fazer o dobro da receita.

Dá para comer como lanchinho, entrada ou prato se acompanhar com uma boa salada. Até dá para levar para a praia e numa caixa plástica.... ehehehh

segunda-feira, julho 17, 2006

Rolinhos de presunto e figos


Pode ser servido como entrada ou como aperitivo.
Para cada 12 rolinhos precisa de : 6 fatias finas de presunto, 1 queijo de cabra fresco atabafado, 1 embalagem de mascarpone; 2 figos ; rúcula.
Misture o mascarpone com o queijo de cabra. Corte cada figo em 6 partes, pondo o cabinho para cima para ser mais fácil.
Estenda cada fatia de presunto, numa das extremidades ponha em cima uma colher de sopa da mistura de queijos, uma fsolhinhas de rúcula de forma a sairem um pouco, para fora da extremidade da fatia do presunto. Em cima da rúcula coloque 1/6 de figo do meio para um dos lados do presunto e do outro, o outro 1/6. Enrole o presunto com cuidado (ele prende-se sozinho) e corte ao meio. Deste modo pode pôr de pé meio rolinho, aparecendo na parte superior umas folhinhas de rúcula e o figo. O meu figo não apareceu na foto, era pequeno e envergonhado...
Se servir como entrada ponha 2 rolinhos em cada prato , tendo feito no fundo uns riscos com redução balsâmica. O que é isto? apenas vinagre balsâmico (não precisa de ser do mais caro) que se leva ao lume, num tacho pequeno até reduzir para metade do volume. Fica com a consistência de xarope.

sábado, julho 15, 2006

Viagens













Se for a http://www.world66.com/myworld66/visitedCountries pode saber que percentagem de países já conhece, eu apenas 15%. Fui a 34, se bem que a alguns muitas vezes. Quando gosto de um sítio gosto de repetir até enjoar. Já estive em todos os continentes, se bem que em Africa nem aparece, é uma pintinha tão pequena, foi apenas nas Maurícias. Se o paraíso existiu devia ser lá.


sexta-feira, julho 14, 2006

Um prédio de barracas


Ao que chegou a permissividade neste país.
Reparem neste prédio. Não é clandestino!
No rés do chão do lado esquerdo, fecharam a varanda com uma parde de alvenaria rebocada e pintada de branco e colocaram uma janela. Do lado direito fizeram uma "marquise" aos quadradinhos.
No 1º piso do lado esquerdo, fecharam parte da varanda com uma parde de tijolo que revestiram de mosaico evinel só que a cor não é igual ao resto, senão até disfarçava. O resto da varanda tem a chamada marquise. Do lado direito fecharam a varanda com a mesma caixilharia, não se vê bem por causa do toldo.
No 2º piso do lado esquerdo não fizeram nada. Parabéns! Assim podem imaginar como seria o prédio. Do lado direito marquise fechada como é óbvio.
No 3º piso do lado esquerdo, fecharam a varanda com uma marquise idêntica às outras.Na foto não se vê, mas tem uma cobertura de galinheiro em material ondulado. Muito giro! Do lado direito uma marquise igual á do piso de baixo. Ao menos isso!
E é assim a arquitectura nas cidades portuguesas. Uma forma de acabar com este ragabofe, seria acabar com as varandas de origem. Deixar de as permitir nos projectos arquitectónicos. Seria um bocado limitador mas se observarem os únicos prédios que mantêm a sua arquitectura de origem são os que não têm varandas ou se as têm, a sua largura mínima não permite qualquer aproveitamento em termos de área. Isto passa-se tantos nos bairros ditos finos como nos outros.

terça-feira, julho 11, 2006

Tosta de queijo de cabra fresco para dieta


Para tirar a fome a meio da manhã ou da tarde faça esta tosta de queijo fresco que é muito simples, saborosa e não estraga a dieta.

O que leva: 2 tostas de finn crisp; 1/2 queijo fresco atabafado de cabra; 2 colheres de chá de manjericão picado.

Como fazer: desfaz-se com um garfo o queijo de cabra e mistura-se muito bem com o manjericão. Depois é só pôr em cima das tostas e comer sem culpas!

Molhos para acompanhar peixes. Dietas e não só


As receitas que vou colocar a seguir, são as que costumo usar nos peixes grelhados, cozidos ou cozidos a vapor, de forma a fugir um pouco do eterno azeite vinagre/limão. Sempre fica um gostinho diferente apesar da dieta.
Muito conhecido para acompanhar carapaus assados, o molho à espanhola fica também muito bem com outros peixes. espero que gostem das sugestões

Molho à espanhola
Leva : 2 cebolas médias; 3 colheres de sopa de vinagre; 1 dente de alho; 1 colher de chá cheia de colorau doce; pimenta q.b.; sal q.b.; 2 colheres de sopa de água; 1 raminho de salsa; 6 colheres de sopa de azeite
Como se faz: Pique a cebola muito bem picadinha, faça o mesmo ao dente de alho e à salsa.Junte o azeite, o colorau desfeito no vinagre juntamente com a água.Tempere com sal e pimenta e mexa tudo muito bem.

Molho verde
Leva : 2 cebolas médias; 3 colheres de sopa de vinagre; sal e pimenta q.b.; 2 colheres de sopa de água; 1 raminho de salsa; 1 raminho de coentros; 6 colheres de sopa de azeite
Como se faz: Pique a cebola muito bem picadinha assim como os coentros e a salsa. Junte o azeite, e o vinagre juntamente com a água.Tempere com sal e pimenta e mexa tudo muito bem.

Maionese sem ovos
Leva: ¼ de copo de leite integral; azeite ; sal q.b.; cenoura (opcional)
Como se faz: Bater no liquidificador 1/4 de copo de leite e ir adicionando o azeite aos poucos (em fio), até adquirir a consistência adequada. Adicionar sal somente no final, se necessário. Caso deseje colori-la de amarelo, antes de todo o processo, bata no liquidificador 1 cenoura pequena cozida e picada para depois então adicionar o leite e oazeite .

Molho de tomate com manjericão
Leva: Folhas de 1 molho de manjericão; 6 tomates médios picados;2 dentes de alho cortado em lâminas; 1/2 chávena (chá) de azeite;sal e pimenta preta q.b.

Como se faz: Coloque em uma tigela o manjericão picado, os tomates, o alho, o sal e a pimenta. Misture com a ajuda de um batedor manual. Despeje o azeite em fio, mexendo com cuidado.

Molho de ovo cozido
Leva: sal e pimenta q.b.;3 colheres (sopa) de azeite; 3 ovos cozidos;1 colher (sopa) de pepino em conserva picadinho; salsa e coentros picadinhos a gosto; 4 colheres (sopa) de vinagre
Como se faz: Misture muito bem o vinagre com o sal e a pimenta. Amassa-se as gemas com o azeite, junta-se o vinagre e misture bem (fica um creme granulado). Acrescenta-se o pepino, a salsa e os coentros, as claras cozidas e picadinhas e torne a misturar.

segunda-feira, julho 10, 2006

Robalinhos em papillote para quem está de dieta




Já reparei que tenho mais visitas quando ponho aqui alguma receita. Como o tempo não está para grandes comezainas, pois há que fazer dieta, vou começar a postar algumas coisas das que faço para enganar a fome.

Hoje vão ser robalinhos em papillotes
Compre os robalinhos (uma por pessoa) e peça que lhos arranjem, ou seja tirem as tripas e as escamas.
Como é que costumo fazer:

Lavo os robalinhos e ponho sal dos dois lados. Corto um pedaço de papel de estanho de forma a caber lá dentro o robalinho, formando como que uma canoa, mas deixando espaço entre o peixe e o fecho do papel, para poder respirar. O papel é fachado ao meio no sentido longitudinal, por cima do peixe (bolas que descrever é mais difícil que fazer), dobrando as bordas.
No papel ponho um fio de azeite, cubro com uma camada de rodelas de cebola ou alho francês, não muitas, de seguida deito aí o peixinho, coloco mais uma s rodelinhas de cebola ou alho francês, uns cubos de tomate, umas tirinhas de pimentos (verdes ou vermelhos) a gosto. Pode inovar com os legumes que tiver em casa, isto não é daquelas receitas da Martha Stewart onde tudo é pesado e certinho. As minhas receitas são mais ou menos. No final ponho pimenta preta moída na altura, um raminho de coentros (adoro) mas também pode ser de salsa, ou manjericão. Ponho mais um fiozinho de azeite e uma colher de sopa de vinho branco. Depois é só levar ao forno e deixar cozinhar. Leva mais ou menos 15 minutos, mas depende do tamanho do peixe. Se tiver dúvidas abra o embrulhinho do peixe e veja ( como uma faca) junto da espinha na parte mais alta do mesmo, se já está cozido. Volte a fechar o papillote. Sirva assim de forma a que cada pessoa abra e sinta todos os aromas.
Pode ser feito com outros peixes, inteiros ou em posta ou mesmo filetes.
Para quem não faz dieta pode acompanhar com umas batatinhas cozidas com pele e temperadas com azeite e alho e salsa. Quem faz dieta acompanha só com uma salada verde.

Nas fotos aparece antes de ir ao forno, o pacotinho fechado e depois de cozinhado.

Jantares de fim de semana




Estive na 6ªfeira a jantar no Aqui há peixe, do Miguel Reino, no Carvalhal. Já aqui postei anteriormente os contactos.
Tenho de registar que comi os melhores salmonetes grelhados da minha vida. A pedido o Miguel fez o molho de fígados que estava qualquer coisa de divinal.


Também jantei no restaurante que existe na Herdade de Montalvo, o Monte de Arroz, não sei se ainda se chama assim pois já não tem a gerência do Museu do Arroz, mas sim do Luís do Belo Jardim ( lembram-se do restaurante que existia à entrada da Comporta para quem vem de Tróia?). Comida simples, mas bem confeccionada, aqui apresentada em muito melhores condições que no restaurante antigo. Comeram-se uns linguadinhos fritos com arroz de tomate maravilhosos e também umas costeletinhas de borrego grelhadas acompanhadas com migas (ai meu Deus lá se vai a dieta!) e uma saladinha. Os doces são na maior parte os dos outros bons restaurantes da zona, feitos por senhoras da Comporta. Provou-se uma encharcada e um ensopado de noz. Uhmmmmmmmmmmm uma delícia!

sexta-feira, julho 07, 2006

"Que se lixe" do Miguel Esteves Cardoso

Não resisto a colocar aqui um texto que me enviaram do Miguel Esteves Cardoso sobre Portugal no Mundial de futebol.

"Pronto. Que se lixe. Levem lá a taça, que a gente continua cá, se não se importam. Vamos ali fazer um piquenique com os alemães e voltamos já.
Poça, já se sabia que tinha de ser com o raio dos franceses e que Portugal jogar mal ou bem seria irrelevante. Mas tanto?! A ironia, muito francesa porque é daquelas pesadas e óbvias que não têm graça nenhuma, é que Portugal jogou muito bem e a França não jogou nada. Aliás, quanto melhor jogava Portugal, mais aumentava a probabilidade da França ganhar. É azar. É esse o termo técnico, exactamente.
Não foi só o árbitro, embora este tudo tenha feito para ser a estrela principal da partida. Não, é o azar que os franceses dão. Mesmo quando estão cabisbaixos e amedrontados, cheios de vontade que o tempo passasse e os poupasse, dão azar.
E porquê? Porque os portugueses também dão azar aos franceses, coitados. Dão-lhes o azar de pô-los a jogar mal. E o azar de fazerem figura de tontos e medricas. Os franceses também não mereciam tal azar. Tanto mais que cada jogo com eles traz uma vingança pré-fabricada: depois desta meia-final, já ninguém poderá dizer que Zidane e os "bleus" renasceram milagrosamente. Onde? Quem? Não, o milagre foi só um: o de não terem perdido.
Em contrapartida, os franceses dão aos portugueses o azar de perder. Bonito serviço. Assim não dá gosto; não se pode trabalhar; nem há condições para jogar; é escusado. E quando jogarmos outra vez com os franceses, vai acontecer a mesma coisa. O azar existe e o azar reincidente e metódico, no caso da França, existe mais ainda. Antes fosse ao contrário? Talvez não. Mais vale perder como perdemos, a jogar como campeões, do que ganhar a jogar como os franceses, como perdedores natos, receosos e trapalhões, sem saber o que se passa ou o que se vai passar. Fizeram má figura e ganharam. Que os italianos lhes sejam leves!
Dirão uns que não faz mal, que já foi muito bom chegarem às meias-finais. Mas não é verdade. Para chegarem às meias-finais foi preciso pensarem que podia ser campeões do mundo. E agora custa um bocadinho – um bocadinho nobre e bonito mas muito custoso – voltar atrás. Se a esplêndida selecção portuguesa tivesse pensado que bastaria chegar às meias-finais nem tinha ganho ao México e muito menos à Holanda e à Inglaterra.
Foi bonito saber, como ficou sabido e comprovado, que não é assim tão difícil Portugal ser campeão do mundo. O próximo Mundial, em 2010, parece muito mais apetecível por causa disso. É ganhável – como era este. Não se pode subestimar a segurança que o Mundial 2006 trouxe à selecção. Já não se pode falar em sonhos como se fossem delírios. Não: os sonhos agora passaram a objectivos, altamente práticos e alcançáveis. É obra.
Portugal já não é o "outsider" que era nos primeiros dias do mês passado. Por muito que isso custe aos detractores e inimigos (que utilizaram esse estatuto marginal para nos marginalizar ainda mais), a partir de agora Portugal é não só um campeão potencial como um campeão provável.
Tanto crescemos que finalmente ficámos crescidos, adultos, senhores. É bom que os outros senhores do futebol comecem a habituar-se à presença e à ameaça constantes dos novos senhores. Porque os antigos menininhos portugueses, que eram tão giros e que tanto jeitinho davam, desapareceram para sempre.
Este Mundial já está ganho. Que se lixe. Venha outro! "

Receitas do mundo


Depois do comentário que o Gonçalo fez outro dia, sobre a minha postagem do livro “1000 lugares para conhecer antes de morrer” fiquei com uma pulga atrás da orelha. Estava muito contentinha a ver os livros que tinha na estante e descobri que tinha “Receitas do Mundo” da Luísa Godinho, jornalista, que viveu pelos 4 cantos do mundo. Não são os 1ooo acepipes para provar antes de morrer, mas apenas cerca de 8 receitas escolhidas como representativas de 17 países. Duas entradas, dois pratos de peixe, dois de carne e duas sobremesas, é mais ou menos isto. Nesta viagem de sabores foram contemplados a Alemanha, Angola, Argentina, Brasil, Chile, China, Espanha, França, Grécia, Índia, Indonésia, Inglaterra, Itália, Japão, Marrocos, México e Rússia.

Não sei porquê mas Portugal não entra. Se entrasse, eu acho que nas entradas devia ter o Caldo Verde e as Amêijoas à Bulhão Pato. Nos peixes, o Bacalhau à Brás e a Açorda de Marisco, deste último não estou muito convencida, mas lá que é típico português, eu acho que é! Nas carnes é indiscutível o lugar da Carne de Porco à Alentejana e depois talvez um Cabrito Assado no Forno ou um Leitão Assado á Bairrada, se bem que este é difícil de fazer em casa. Para sobremesa deviam aparecer os Pasteis de Nata hoje mundialmente conhecidos e um doce conventual,exemplares únicos da doçaria, talvez uma Encharcada pela simplicidade da confecção ou então um Morgado ( este bem mais complicado).

O que acham destas sugestões?
Quais os pratos típicos portugueses que mereciam entrar numa compilação mundial?

Tourada no Campo Pequeno








Ontem estive na Tourada no Campo Pequeno. Não é que eu goste muito, mas sempre é melhor do que ficar em casa. No final das contas, eu torço sempre pelo touro e pelo cavalo, não acho graça nenhuma a este ficar com a barriga toda espicaçada.

Ontem tourearam o João Moura pai e o filho e ainda, o espanhol Enrique Ponce.
O pai acho que não faz nada de especial, está demasiado gordo. No primeiro touro do filho, a multidão aclamou de pé. O bicho era bom e ele fez coisas que levaram a praça ao rubro, toureou sempre com o desgraçado do cavalo a correr de lado, quase a ser colhido, não sei se estão a ver a coisa. Já o segundo touro, levou a que as pessoas o assobiassem intensamente. Eu explico, o bichinho era manso, deve ter ido lá também ver o espectáculo e não para levar uns ferros no lombo, de forma que o que ele queria era ir embora. O João Moura Jr. fartou-se de espetar bandarilhas no bicho que nem reagia e no final, não contente com a coisa, ainda insistiu em mais um. Assobiadelas até dizer chega.

Eu que numa tourada o que gosto mais é da pega, a luta homem/bicho e o que menos gosto é o toureio a pé, devo dizer que ontem o que achei mais espectacular foi o espanhol. Conseguiu das duas vezes hipnotizar o touro de uma forma impressionante. Para mim foi o melhor da noite, esquecendo os seus bandarilheiros que pareciam ter medo do touro. Não pareciam, tinham de certeza, pela forma como cravaram as bandarilhas.

As pegas foram boas, mas os touros não deram luta, em especial o último que só faltou o forcado se sentar ao colo dele.

quarta-feira, julho 05, 2006

Vai ser hoje!!!

Vai ser hoje mais um dia em que os portugueses se unem a ver um jogo!
Vai ser hoje que vamos dar uma lição aos convencidos e arrogantes franceses!
Vai ser hoje que vamos entrar na história do campeonato do mundo!
Tem de ser!














terça-feira, julho 04, 2006

Casas de banho da realeza


Quando era pequena pensava que os reis e rainhas, príncipes e princesas e outros que tais, não iam à casa de banho. Isso era costume apenas dos plebeus, já que os de sangue azul não fariam coisas desse tipo. Não podia imaginar a rainha Isabel de Inglaterra, sentadinha na sanita fazendo força, lá isso não podia. Não podia imaginar qualquer rainha na idade média, com uma dor de barriga, a meio da noite ter de descer as escadas do castelo, baixarem a ponte levadiça e ela ir a correr lá fora, atrás da árvore.
Agora a muitos anos de distância percebo porque pensava assim, é que nessa época sempre que visitava castelos e palácios nunca via nenhuma casa de banho. Acho que faziam questão de não mostrar. Há muitos anos também, conheci uma pessoa importante de Évora que quis mostrar-me o Palácio de Vila Viçosa, numa visita que o comum dos mortais não faz. Nessa altura falei nas casas de banho e… mostraram-me várias! Existem entre paredes de diversas salas contíguas, com a porta muito bem disfarçada (lá está, não queriam que ninguém pensasse que eles tinham de fazer xixi e outras coisas). As sanitas são móveis de marcenaria requintada, não se percebendo à primeira vista qual o seu fim. Agora como não tinham canalizações de esgoto (acho eu), depois devia ir um criado com um balde cheio lá fora despejar. Devia ser giro! No Palácio da Pena também já mostram uma casa de banho. Pensando bem será que em Portugal terá sido o D. Carlos o percursor dos banhos e casas de banho?
Na foto uma sala de banho no Castelo de Leeds. O/a nobre quando tomava o seu banhito, podia correr as cortinas e assim conversar com os seus aios/as sem se expor. Como lá viveu o Henrique VIII, quem sabe, podia até mandar cortar uma cabecita enquanto lavava as partes baixas. A decoração deve ser uma interpretação dos nossos dias, mas está bem, os miúdos assim não vão pensar que são só eles é que têm necessidades fisiológicas, o que é uma chatice, pois é preciso interromper as brincadeiras!

segunda-feira, julho 03, 2006

Aloe vera em calda. Aceito sugestões










Descobri no supermercado uma lata de aloe vera em calda e não resisti. Tive de comprá-la, é que sou muito curiosa. Sou daquelas pessoas que quando vai a um restaurante pede sempre as coisas com nome mais estranho. Pois é, mas cheguei a casa e não abri a lata, não me estava a apetecer comer "fruta" em calda. Sei que não é fruta, mas acham que ia escrever que não me apetecia comer um cacto em calda? Já provei daqueles iogurtes com pedaços desta coisa mas, esses já vêm prontos. Portanto aceito sugestões de como cozinhar o aloe vera, em pudim, bolo, como decoração de qualquer doce? não estou mesmo com ideias...

domingo, julho 02, 2006

Este fim de semana foi uma canseira!












OS 100 ANOS DO SPORTING
O fim de semana começou como sempre na 6ªfeira. Essa noite fui ao jantar comemorativo dos 100 anos do Sporting que fazia aniversário no dia seguinte 1 de Julho, de modo que á meia noite houve os festejos típicos. Não estva a contar, mas o jantar até foi bom, apesar de ter sido servido a cerca de 3.500 pessoas. As mesas estavam na relva, nunca pensei que fosse tão grande, aquilo lá em baixo é enorme... só de pensar nos jogadores a correrem lá de um lado para o outro, fico cansada... Foram primeiro servidos uns aperitivos cá fora e depois o jantar lá dentro, isto é no campo, e constou de uma sopa verde, que devia ter ervilhas, favas e outros legumes não identicados, seguido de um bacalhau com broa, alto e com o sal q.b., impecavelmente confeccionado acompnhado de batatinhas com pele e bróculos cozidos. De sobremesa foi servida uma mouse de chocolate e manga enformada por cores e colocada no prato sobre um engradado de molho de chocolate e umas fatias de manga dispostas em leque. Na hora do brinde foi servido espumante e o bolo de anos que até estava bom. Do programa de variedades, gostei em particular da actuação do Aldo Lima que foi hilariante.






A VITÓRIA DE PORTUGAL
Sábado depois de almoçar com amigas no restaurante Vino Tinto( na Praça de Touros de Campo Pequeno, junto da entrada principal), umas costeletinhas grelhadas de Cordero Lechal que estavam uma delícia (hei-de lá voltar) rumei para o Guincho para casa de amigos para assitir aos jogos, primeiro de Portugal/Inglaterra e depois do Brasil/França. Foi mesmo uma canseira, estou a precisar de novo fim de semana. Eu que até nem sou apreciadora de futebol, estava lá a sofrer, mas não consegui ver tudo, enervadissima na altura dos penalties resolvi ir dar uma volta, pois achei que era dificil aguentar. Ninguém na rua, mas de vez em quando lá havia um ahhhhh, depois outro e outro, até que ouvi a explosão de alegria. Aí voltei a correr para casa, para já sossegadinha ver as repetições e tomar um champanhito. Que estas vitórias têm de ser comemoradas!

DOMINGO
Dormi 3 horitas pois tive de ir buscar a S. ao aeroporto ás 5h da matina que passava por Lisboa depois de umas férias chuvosas e friorentas em Moçambique. Matar saudades, um almocito no Café In, para um peixinho grelhado e depois miminhos eoutras coisas que só mãe faz. Às 5 h30 da tarde já a estava a levar ao aeroporto de novo. Resultado estou que nem posso!!!