segunda-feira, setembro 25, 2006

2 filmes: Volver e Lost city

Este fim de semana fui ver dois filmes: Volver e Havana- cidade perdida.
São 2 filmes completamente diferentes.


Volver é a história das mulheres de uma família. Três gerações. Duas irmãs (a avó e a tia avó), a mãe, uma tia e a prima e a filha de uma delas.
Conta a história do abuso sexual da filha pelo suposto pai (o que afinal também já tinha acontecido à mãe), da infidelidade do avô e das aparições da avó. As reacções, as emoções, a cumplicidade familiar que as une e que as faz ultrapassar todas as dificuldades e medos, de forma a permanecerem unidas e apoiarem quem mais necessita no momento.
Uma história bem contada com a Cármen Saura muito envelhecida (sem plásticas!), afinal ela faz de avó e a Penélope Cruz, a mãe, mamas e rabo a encherem o ecrã.
O que eu não gostei: da qualidade da película demasiado amarela.






Havana conta a história de um família abastada com vários filhos, no período da queda do Fulgêncio Batitsta e a tomada do poder pelo Fidel de Castro. Julgo de 1958 a 1959.
Um dos filhos (Andy Garcia), dono do maior night club de Havana é apolítico. Os outros 2 fazem parte da revolução , um deles é morto numa primeira tentativa de tomada de poder e o outro suicida-se já depois da revolução quando o tio morre por ele lhe ter ido retirar a propriedade de produção de tabaco.
O filme mostra-nos a polícia política do F. Batista, estilo Pide, depois a crueldade ainda maior dos revolucionários de Fidel e o desejo que todos tinham em construir um país democrático e que afinal não foi. Vê-se no filme um cabeçalho de um jornal depois da chegada ao poder de Fidel que dizia o seguinte: "Eleições? Não é preciso o povo já escolheu!"... está tudo dito! Aparecem também diversas imagens captadas na época.

A modelo Inês Sastre que não sabia que era actriz mas, parece que agora ser modelo é a formação de base para ser actriz, ainda não percebi porquê, se afinal as mulheres comuns não têm corpo de modelo, mas adiante, a Inês no seu papel de esposa, e viúva de um revolucionário, desfilou modelos estilo anos 50 que lhe ficavam bem, inclusive um fato de banho com aqueles tecidos grossos que se usavam na época.
O actor que faz de Che Guevara é bastante parecido com a imagem conhecida do mesmo.

Se forem ver, preparem-se, o filme dura 2h30, de modo que a meio ouve uma correria de pessoas a saírem para possivelmente irem fazer um xixi, pois foi apresentado sem intervalo!
O filme teve uma coisa boa, despertou-me o interesse para procurar relembrar algumas coisas de história e consultei a net. Fiquei a saber que o Fulgêncio Batista esteve de início exilado na ilha da madeira, depois no Estoril e a seguir em Espanha, onde morreu.

São 2 bons filmes a ver por quem ainda não viu.

2 Comments:

Blogger Barão da Tróia II said...

Já tomei nota.Obrigado e boa semana

12:02 da tarde  
Blogger scarlett said...

o primeiro ja vi e comentei tb, do segundo nem ouvi falar...

6:35 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home